A Startup do vizinho quebrou, e agora?

Por  |  10/10/2012  |  1 comentário »

Mesmo que sua ideia seja ou pretenda ser inovadora, é natural que você fique de olho em outras startups que estejam explorando o mesmo mercado ou amadurecendo um produto similar ao seu. Agora eis que certo dia você vai dar aquela espiada na startup que mais se parece com a sua e percebe que ele fechou, desistiu, quebrou!

– E agora? O que o mercado está sinalizando?

Os otimistas pensarão que o mercado estará mais aberto e com mais espaço para sua startup. Os pessimistas já dirão que o mercado não é bom o suficiente e sua startup também terá grandes chances de quebrar. Os realistas por sua vez procurarão entender as diferenças entre as startups afim de identificar riscos de mercado que possam ser testados como hipóteses reais.

O que leva a maioria das startups ao fechamento não é o fato de terem um modelo de negócios falho, ou produto, serviço, segmento, posicionamento, etc. mas sim a falta de flexibilidade em cada um destes pontos, o que tira a capacidade de reação rápida diante de algo inesperado. Se olharmos apenas para o produto ou serviço da startup que quebrou poderemos ter a falsa ideia de que aquela ideia não é boa, mas pode ser apenas que aquela boa ideia não teve condições de encontrar o caminho para se estabelecer no mercado. Com mais fôlego para tentar novas abordagens, canais e estratégias seus fundadores poderiam ter visto os números-chave começarem a crescer e com isso provar sua viabilidade.
Em vista disso cabe aos vivos que se façam algumas perguntas, como:

  • Se meu mercado mudar radicalmente hoje, em quanto tempo meu negócio se adaptará à mudança?
  • Quão sensíveis são minhas métricas-chave em relação às mudanças de estratégia em seus experimentos?
  • Quais são minhas opções de Pivô caso minhas métricas comecem a cair?

Toda Startup, pelo menos as que eu já vi, passam por grandes embates e dificuldades para encontrar o plano certo. Ao mesmo tempo é comum ter a impressão que, como diz o ditado, a grama do vizinho é mais verde a nossa. Por isso é impactante ver uma startup bem conceituada (na nossa cabeça) fazer um pivô gigantesco ou até mesmo quebrar, mas isso mostra apenas que todas startups estão no mesmo barco, em um ambiente de extrema incerteza. Quem subestimar a incerteza e deixar o negócio ficar estático estará sujeito às reviravoltas do ambiente e com isso acabar pagando um preço caro demais.

1 comentário:

  • Jean Clecio em 15/10/2012:

    Uma ótima abordagem. Uma startup exige atenção redobrada e adaptação durante o processo de desenvolvimento e validação do modelo de negócio. O ponto de vista do otimista, pessimista e realista também foi interessante e é a mais pura verdade! Ótimo artigo.

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