• Startup para captar bons seguidores no Twitter

    Por  |  24/10/2012  |  Comente »

    A ideia do Siga-me os bons surgiu do departamento de Marketing Digital da Mais Empresas, quando o time que administra e faz campanhas de marketing através das redes sociais sentiu a necessidade de captar seguidores para as contas de Twitter dos seus clientes.

    Ao procurar serviços para aumentar os seguidores no Twitter foi observado que a maioria das ferramentas disponíveis, até mesmo as pagas, não tem muita eficácia.  Isso por que elas trabalham em um sistema de troca de clientes, ou seja, as ferramentas te “dão” milhares de seguidores rapidamente, mas são todos clientes do sistema em questão. Em contra partida a conta de Twitter que contratou o serviço passa a ser moeda de troca, ou seja, seguirá automaticamente milhares de outras contas desconhecidas. Desta forma o objetivo almejado pelo time de Marketing digital não é alcançado, que é o de gerar resultados reais através do uso inteligente da internet e mídias sociais. As poucas ferramentas que possibilitavam prospectar clientes reais eram trabalhosas e exigiam acompanhamento constante.

    O time de produção da Mais Empresas começou então a desenvolver um MVP (Mínimo produto viável), em Ruby on Rails. Sem interface e somente com os recursos básicos nasceu o Siga-me os bons. Uma ferramenta simples e inovadora, onde uma campanha de captação de seguidores é iniciada somente com a escolha de prospectos, que são de onde queremos captar seguidores. Ex. Se o cliente quiser seguidores interessados em música pode prospectar Twitters como o @MTVBrasil, @RollingStonesBR ou @CifraClub. Feito isso o programa começa a seguir um por um os seguidores destas contas prospectadas. Assim, as pessoas que gostarem do conteúdo do cliente irão seguir de volta, por livre e espontânea vontade. Para que o cliente não fique seguindo milhares de pessoas, o Siga-me os bons também vai deixando de seguir as contas inativas e irrelevantes. Com isso ele acelera o processo natural de aquisição de bons seguidores sem precisar horas de setup ou administração manual, é tudo automatizado.

    Este aplicativo ficou em fase de testes nas contas de pessoas do próprio time de desenvolvimento, duas delas foram os twitters dos irmãos @geBender e @pabloBender, que conseguiram aproximadamente 1.500 seguidores cada em menos 90 dias. Realmente é um processo mais lento que dos concorrentes, mas o grande diferencial é a qualidade. Os seguidores captados nos experimentos são de fato pessoas ligadas aos assuntos propostos e hoje contribuem divulgando as mensagens destas contas, dando vários RTs, respondendo e interagindo.

    http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=tUvJ-hroDto

    Agora a Startup começa a entrar na fase pública, com o lançamento da Landing Page já com o formulário de cadastro de campanha. Decidiu-se oferecer os 100 primeiros seguidores gratuitamente, para poder captar clientes reais, interagir com eles e decidir os próximos passos do projeto, como estratégias virais, precificação, aprimorar o segmento a ser trabalhado e as estratégias de mercado.

    Quem quiser conhecer, só acessar o site: www.sigameosbons.com, assistir o vídeo institucional e até mesmo iniciar uma campanha grátis.

    Também está sendo feita uma pesquisa qualitativa, para entender melhor os anseios dos clientes. Contribua com o amadurecimento do projeto respondendo o questionário, é rápido e simples. Clique aqui.

  • Startup Casa à Porter prepara Pivô com nova abordagem de mercado

    Por  |  23/10/2012  |  Comente »

    Em julho deste ano a Startup Casa à porter, que é encubada na Mais Empresas, participou do Pitch digital realizado pelo grupo StartupMS em parceria com o SEBRAE. Não foi a startup ganhadora do prêmio, mas o projeto recebeu feedbacks valiosos para sua continuidade no mercado, lições mais importantes até que a soma em dinheiro oferecida ao ganhador.

    O modelo apresentado na ocasião visava tracionar os acessos do site aumentando exponencialmente a quantidade de produtos e com isso melhorando continuamente seu posicionamento orgânico no Google. O objetivo final seria gerar receita vendendo destaques nos catálogos e banners para lojas virtuais.

    Um dos feedbacks recebidos veio do Yuri Gitahi, fundador da Aceleradora. Ele mostrou que a estratégia de tentar aprimorar o modelo de negócios para que fique interessante tanto para o internauta quanto para o cliente que irá anunciar é muito difícil de ser validada, pois ao focar nas necessidades do internauta o negócio não gera receita e não valida o quanto de valor irá agregar ao cliente. Em contrapartida o cliente não verá valor em um site com poucos acessos. Outro apontamento feito na ocasião, complementar ao anterior, chamou a atenção para a falta de viabilidade financeira do projeto, uma vez que o cliente gerador de recita praticamente não estava no modelo negócio inicial e não havia previsão de quando e como ele entraria no futuro.

    O time desde então vem se reunindo e estudando maneiras de absorver estes aprendizados e transformá-los em ações práticas na startup, para que ela ganhe um formato mais viável. A primeira mudança foi no segmento, quando se passou a prospectar lojas físicas de Campo Grande. O produto oferecido também mudou, passou a ser de publicidade no site. Esta estratégia não foi bem recebida pelo mercado, pois o problema de geração de valor ainda não estava resolvido, ou seja, um banner em um site pouco acessado não resolvia qualquer problema ao lojista.

    A oferta de geração de Leads para o cliente foi a maneira encontrada para resolver este problema, passando a ser e este o novo pivô da Startup Casa à Porter. Ao comprar um dos pacotes do site o lojista tem direito ao banner, uma página com número fixo de produtos, um formulário de contato e informações básicas como telefone, endereço e mapas. Para garantir que o cliente tenha resultado, 50% do valor investido no pacote é aplicado em campanhas de AdWords que apontam o internauta direto para a página do anunciante.

    Desta forma a startup não tem mais a necessidade de ter milhares de produtos nem um excelente posicionamento orgânico para tracionar acessos. Os próprios clientes financiam as campanhas e trazem os internautas. Os resultados ficam garantidos e são apresentados com toda transparência para o anunciante ao final da campanha, onde ele verá os a impactação da sua marca, cliques nos produtos, contatos enviados e até mesmo visualizações do endereço, mapa e telefone.

    Agora é validar novamente, seguir aprendendo e aprimorando até a definição do melhor plano para o negócio.

  • A Startup do vizinho quebrou, e agora?

    Por  |  10/10/2012  |  1 comentário »

    Mesmo que sua ideia seja ou pretenda ser inovadora, é natural que você fique de olho em outras startups que estejam explorando o mesmo mercado ou amadurecendo um produto similar ao seu. Agora eis que certo dia você vai dar aquela espiada na startup que mais se parece com a sua e percebe que ele fechou, desistiu, quebrou!

    – E agora? O que o mercado está sinalizando?

    Os otimistas pensarão que o mercado estará mais aberto e com mais espaço para sua startup. Os pessimistas já dirão que o mercado não é bom o suficiente e sua startup também terá grandes chances de quebrar. Os realistas por sua vez procurarão entender as diferenças entre as startups afim de identificar riscos de mercado que possam ser testados como hipóteses reais.

    O que leva a maioria das startups ao fechamento não é o fato de terem um modelo de negócios falho, ou produto, serviço, segmento, posicionamento, etc. mas sim a falta de flexibilidade em cada um destes pontos, o que tira a capacidade de reação rápida diante de algo inesperado. Se olharmos apenas para o produto ou serviço da startup que quebrou poderemos ter a falsa ideia de que aquela ideia não é boa, mas pode ser apenas que aquela boa ideia não teve condições de encontrar o caminho para se estabelecer no mercado. Com mais fôlego para tentar novas abordagens, canais e estratégias seus fundadores poderiam ter visto os números-chave começarem a crescer e com isso provar sua viabilidade.
    Em vista disso cabe aos vivos que se façam algumas perguntas, como:

    • Se meu mercado mudar radicalmente hoje, em quanto tempo meu negócio se adaptará à mudança?
    • Quão sensíveis são minhas métricas-chave em relação às mudanças de estratégia em seus experimentos?
    • Quais são minhas opções de Pivô caso minhas métricas comecem a cair?

    Toda Startup, pelo menos as que eu já vi, passam por grandes embates e dificuldades para encontrar o plano certo. Ao mesmo tempo é comum ter a impressão que, como diz o ditado, a grama do vizinho é mais verde a nossa. Por isso é impactante ver uma startup bem conceituada (na nossa cabeça) fazer um pivô gigantesco ou até mesmo quebrar, mas isso mostra apenas que todas startups estão no mesmo barco, em um ambiente de extrema incerteza. Quem subestimar a incerteza e deixar o negócio ficar estático estará sujeito às reviravoltas do ambiente e com isso acabar pagando um preço caro demais.

  • Entendendo Bootstrap: Estudo de caso da Mais Empresas

    Por  |  25/09/2012  |  Comente »

    Bootstrapping

    Segundo a definição do Ash Maurya em seu livro Running Lean, “Bootstrap nada mais é que financiar o negócio com a receita vinda dos próprios clientes“. Assim sendo, muito embora ainda que não se falasse de Lean Startup, muito menos de Bootstrapping quando a Mais Empresas foi criada, podemos dizer que alguns dos princípios vitais destas técnicas estiveram presentes nos primeiros dias da empresa.

    Quando dois dos atuais sócios da mais empresas decidiram abrir a firma, notaram que ambos estavam sem quaisquer recursos financeiros. Poderiam então ter optado pelo modelo “convencional”, que seria fazer um plano de negócios para buscar financiamento, e, com esta captação de dinheiro abrir a nova empresa com “segurança”, comprar equipamentos, alugar o espaço, contratar uma empresa de RH, etc.

    Ao invés disso, decidiram fazer um terceiro turno ao final do expediente, no quarto de empregada da casa de um deles, a fim de fazer o que hoje é chamado pelos “startupeiros” de MVP, ou mínimo produto viável. Desta maneira, em poucas semanas tinham um nome, uma logo, um site simples e uma plataforma básica para construção de outros sites, batizada de DVlop.

    Feita a primeira venda confirmou-se o valor do nosso único produto, site institucional, e foi possível saber quantos deles precisariam ser vendido por mês para que não morressem de fome e pudessem pagar os custos do quartinho escritório, que até então era apenas uma linha telefônica com internet.

    Com isso o passo principal foi dado, o de abandonar o emprego para garantir uma dedicação integral ao novo negócio. Assim, a cada venda feita as contas eram pagas e na medida do possível algum ordenado era retirado pelos sócios. Com isso começou-se a construção uma carteira de clientes mensalistas que possibilitou alguma estabilidade para a empresa, assim como aluguel de uma sala comercial (de verdade), a contratação do primeiro funcionário e assim por diante, ou seja, o negócio começou a escalar.

    O que caracteriza o Bootstrap nesse caso é justamente o fato de não ter sido necessário empréstimos bancários nem financiamento de qualquer espécie para dar o start no negócio, além da geração de renda desde o primeiro dia, de maneira suficiente para custear as operações e o crescimento.

  • Software Ágil e Startup Lean não é moleza!

    Por  |  23/08/2012  |  1 comentário »

    Aos poucos as metodologias ágeis foram entrando no Brasil e devagarinho ganharam espaço na área do T.I. Agora é a vez do Lean, que também vem ganhando cada vez mais adeptos entre os empreendedores digitais e “startupeiros” em geral. Estes conceitos tem algo em comum, não foram criados aqui. Ambos são resultantes de muitos anos de estudos e desenvolvimentos ocorridos em outras culturas, como a americana e a asiática.

    Assim como outros conceitos que aterrissaram em terras brasileiras, estes também logo se depararam com a nossa cultura e nossa maneira de pensar, o que invariavelmente os fizeram entrar em conflito direto com alguns traços comportamentais do nosso povo, o que por sua vez, pode dificultar o entendimento e aplicação de conceitos bem simples, como o Ágil e o Lean.

    Por aqui muita gente ainda espera que um político resolva todos os problemas de uma só vez, que um remedinho ou operação vá reverter em poucos dias anos e anos de descuido com a saúde, alguns até esperam uma fórmula mágica para ganhar muito dinheiro sem precisar trabalhar.

    Mas o que isso tem a ver com Agilidade de Software, Lean e Startups?

    Pois bem, tenho visto estes conceitos fazer brilhar os olhos de muita gente, mas infelizmente pelos motivos errados. As pessoas ainda confundem simplicidade com facilidade. São coisas diferentes. Quem tentar implantar um esquema Lean para empreender uma Startup, ou montar equipes ágeis para o desenvolvimento de um software sem estudar, sem procurar entender o que estes conceitos realmente significam terá mais uma suprema desilusão. É uma questão de tempo. Melhor seria jogar na loteria, pois levaria menos de uma semana pra se desiludir e gastaria apenas uns poucos reais.

    De fato estamos falando de métodos que realmente primam pela simplicidade, e por isso mesmo são muito eficientes. Reduzir desperdício, aprender antes de fazer, ter transparência em todos os atos. São conceitos tão óbvios que as vezes nos perguntamos por que demorou tanto para o mercado formatar esses conceitos.

    A resposta também é simples. Por que mesmo sendo simples não é fácil. Se fosse fácil criar e gerir um empreendimento digital Lean de sucesso ou construir um revolucionário software com agilidade, teríamos muitos e muitos milionários por aí. Acho que até perderia a graça de ser milionário.

    Não gosto de ser chato (mentira) mas preciso dizer: A solução mágica para o dinheiro fácil não é só ter uma equipe ágil e nem criar uma Startup Lean. Fazer isso pode realmente render muito dinheiro, mas até lá o chão é o mesmo, a estrada continua sendo longa e o suor continua sendo necessário. O que temos hoje são mais ferramentas, mas para usá-las é preciso conhecer, entender e de preferência se apaixonar por elas, caso contrário… Sempre tem uma lotérica perto de você.